A pergunta que ouço sempre é:
-E se fosse com o meu filho?
Daí começam a indagar que a polícia teria aceito o suborno, dado o seu jeitinho, e que ninguém seria punido. Que o papai teria conseguido acobertar o filho "criminoso", que pobre não tem vez, que a justiça é só para os ricos, enfim, que o crime sairia impune. Impune pra quem?
Será que uma pena de cadeira elétrica amenizaria o sofrimento de Cissa Guimarães? Será que um pelotão de fuzilamento traria seu filho de volta? –É claro que não.
Se há algo de positivo nesse incidente, é o fato de chamar atenção de todos, sobre o que “playboys”, que se acham acima do bem e do mal, fazem com seus carros. Tiram vidas de pessoas inocentes, o filho de Cissa, o nosso filho, sim o nosso, por que sabemos que vários outros filhos já foram mortos em acidentes semelhantes, causados por motoristas imprudentes, para dizer o mínimo.
Se o filho de Cissa é um anjo, eu não sei, mas apesar da pena, teve o mérito de vir alertar a todos desse terrível mal que é o ser humano se achar acima do bem e do mal, confiar na impunidade, colocar a vida de outros em risco, e até matar, por se achar “o cara”.
Se fosse o meu filho, não sei qual seria a repercussão, sei que a dor que sentiria provavelmente, seria a mesma que Cissa está sentindo, e pena nenhuma ao culpado me traria alívio algum.
Essa pena é para a sociedade melhorar, para poupar o nosso filho, não o de Cissa. Esta mãe só terá o consolo de sua fé e suas convicções.
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